quinta-feira, 28 de julho de 2011

Banda que emplacou o hit Você Não Vale Nada e se tornou a maior banda de forró do país
Com muitas brincadeiras e boas risadas, o grupo de forró Calcinha Preta se reuniu no Hotel Fazenda Boa Luz, perto de Aracaju, Sergipe, em um raro momento de lazer. CONTIGO! acompanhou esse encontro e mostra a receita de sucesso da banda responsável pelo hit Você Não Vale Nada, que está há 15 anos na estrada, com 24 CDs e quatro DVDs, o mais recente gravado em Maceió no ano passado.

Mesmo com o convívio diário, Silvânia Aquino, 38 anos, Bell Oliver, 31, Anajara Gouveia, 32, e Ramon Costa, 28, garantem que a relação entre eles não estremece. ''Somos bem-humorados, mas também brigamos como toda boa família. São besteiras do dia a dia, por estresse ou cansaço, pois ficamos muito tempo juntos'', explica Silvânia, no grupo há 13 anos. ''Cada um tem um temperamento, eu sou o mais calmo de todos'', afirma Bell. ''Ele é calmo até demais!'', acrescenta a colega em coro com Anajara e revelam que o apelido do amigo é Tartaruga. ''Como você fala em uma entrevista que o meu apelido é Tartaruga? O que o pessoal vai pensar?'', questiona o músico, levando o resto do grupo ao riso. ''É porque você é lento, calmo. Não pela feiura'', explica Ana. ''Mas tem o casco duro, aguenta muita coisa nas costas'', provoca Ramon, há um ano no Calcinha e chamado de Boyzinho pelos colegas. ''Eu sou o menino teimoso.''

Gostos variados

Apesar de tocarem em um grupo de forró, os gostos musicais são variados. Ramon adora sertanejo, Silvânia escuta MPB, música gospel e samba, Anajara ouve de tudo um pouco, e Bell costuma ser mais eclético, vai de axé music ao rock do U2 e Scorpions. O que incomoda o grupo é se deparar com o CD ou o DVD do Calcinha Preta ao chegarem em um restaurante, por exemplo.

''É constrangedor porque as pessoas começam a te observar e tiram a máquina da bolsa. A partir daí não é mais lazer'', diz Silvânia. ''Pois eu quero mais é que toque muito a nossa música!'', afirma Bell. Nos poucos dias de folga, eles tentam levar uma vida normal com a família. ''Tem de dar assistência em casa. Mas eu e Bell ainda saímos para um cinema ou um restaurante'', conta Ramon sobre o amigo de seis anos. ''Até acontece de sairmos juntos, mas na folga cada um prefere ficar com os filhos e os maridos ou as esposas'', explica Ana.

Casamentos e ciúmes

A agenda corrida não atrapalha os relacionamentos, mas não é fácil. ''Eu conto com a sorte, pois é difícil passar muitos dias viajando e ter uma pessoa especial que confie. Sou extrovertido, brinco com as fãs até na frente da minha mulher (Anuska Costa, 31). Ela me conheceu assim'', declara Ramon. ''Sou casado com a bailarina da banda (Meire Oliver, 34) e é difícil, pois sei que ela é desejada pelos homens, e para ela é complicado porque tem as fãs mais salientes que chegam perto de mim com outras intenções. Mas estamos juntos há dez anos e sabemos lidar com isso'', revela Bell.

''Meu marido é o trompetista da banda (Silvio Santos, 27) e às vezes ele reclama das roupas curtas. Até entendo, mas na hora não troco para não dar abuso (risos)'', brincou Silvânia. ''Meu marido (Luiz Fernando, 31) não tem nada a ver com a banda. Estamos juntos há cinco anos e ele me conheceu bem antes do Calcinha Preta. O que mantém a chama da nossa relação acesa é eu ser a Ana que ele conheceu, a mãe da Natyara, do Yan e do Natan'', diz Anajara.
Da esquerda para a direita, Silvânia, Bell, Anajara e Ramon em um raro momento de folga em um hotelfazenda em Sergipe, estado onde o grupo foi criado, há 15 anos.

Compre já sua revista contigo.
Edição com a Banda Calcinha Preta hoje nas bancas